Teses PPGHIST/UEMA
2024
Evelanne Samara Alves da Silva
Tese: “VOVÓ ME DISSE QUE ISSO TAMBÉM CURA!”: Práticas populares de cura entre mulheres em Oiapoque – Amapá. Contribuição para uma educação escolar insurgente.
Produto Técnico Tecnológico: VOVÓ ME DISSE QUE ISSO TAMBÉM CURA!
Banca Examinadora:
Profa. Dra. Márcia Milena Galdez Ferreira (orientadora – PPGHIST/UEMA)
Prof. Dr. Jakson dos Santos Ribeiro (Examinador Interno – PPGHist/UEMA)
Profa. Dra. Cecília Maria Chaves Brito Bastos (Examinadora Externa – PROFHist/UNIFAP – PPGH/UNIFAP)
Profa. Dra. Ana Cristina Rocha Silva (Examinadora Externa – PROFHist/UNIFAP)
Profa. Dra. Viviane Oliveira Barbosa (Examinadora Interna – PPGHist/UEMA)
RESUMO: Esta tese tem como intuito apresentar práticas de curas entre mulheres em Oiapoque – AP, para propiciar um eletronic book (e-book), em Portable Document Format (PDF), como Produto Educacional, que considere práticas culturais populares de cura, não sublinhadas em uma cultura escolar de viés colonialista. O estudo busca instigar o refletir sobre o local/regional e o lugar dos saberes dos subalternos na educação escolar e para o ensino de História, por meio de um livro em formato digital de literatura juvenil chamado “Vovó me disse que isso também cura!”. Apresenta-se como lócus para pesquisa que resultou ao Produto Educacional, o espaço compreendido entre Amapá (Brasil) e Guiana Francesa (França), como ponto de interações étnicas singulares. Práticas de cura populares englobam puxações, interdições alimentares, benzimentos, rezas, aconselhamentos, indicação e confecção de remédios e outros, abarcando uma pluralidade de modos de fazer e de conceber o mundo. São de gênese múltipla, resultantes de interações étnicas e recriações culturais e estão dissipadas entre parteiras, benzedeiras, curandeiras, descendentes de povos que vivem e chegaram ao município de Oiapoque, independente dos demarcadores físicos que limitam a fronteira. A pesquisa qualitativa para o estudo englobou coleta e análise de fontes documentais e entrevistas semiestruturadas com mulheres curandeiras, para a compreensão sobre práticas de cura, aplicação de questionários com professores do Ensino Médio para formatação do Produto Educacional, além de pesquisa bibliográfica. O estudo permitiu reflexões sobre uma perspectiva decolonial para a educação que evidencie os saberes populares.
Palavras-chave: Educação Decolonial. Ensino de História. Memória. Oiapoque. Práticas de cura.
2025